Suor Angelica - Puccini
Rigor Mortis - Francisco Lima da Silva
Óperas em 1 acto
Cantado em italiano e português
Legendas em português e inglês
Duração: 1h40 com intervalo
A ópera favorita do ciclo "Il trittico" do mestre da emoção Giacomo Puccini, traça a tragédia de uma jovem da aristocracia que é banida pela família e encerrada num convento para expiar um filho fora do matrimónio. Após 7 anos de espera, finalmente recebe a visita da sua tia que a induz a assinar uma procuração para lhe dar plenos poderes, por ocasião do casamento da sua irmã mais nova. Com uma frieza cruel depois de lhe lembrar que ela é a vergonha da família, informa-a que o seu filho morreu. Suor Angelica canta uma canção de embalar ao filho morto e decide acabar a vida com as ervas que tinha vindo a usar para fins medicinais. No leito de morte pede à virgem que a salve, já que o suicídio é pecado mortal.
Apresentada em dose-dupla num alinhamento pouco habitual, com uma ópera em estreia absoluta do jovem compositor Francisco Lima da Silva, com libreto de A. Baião-Pinto, a partir da adaptação do conto de Domingos Monteiro "Casa Mortuária". Abordando a grande temática da existência humana assombrada pela sua finitude e da possibilidade de uma existência para além da morte, esta história plena de sarcasmo e humor negro, retrata um homem que embora cometendo suicídio e tendo sido declarado morto, continua como noutra dimensão supra-terrena, a assistir aos acontecimentos à sua volta, admirado por a sua alma teimar em não abandonar o corpo. Assiste à vinda da sua esposa e ao seu remorso desesperado, é levado finalmente para a morgue, onde passa a noite cada vez mais intrigado, até à revelação final. Uma tragédia universal e um thriller post mortem trágico-cómico, ambos espelhando bem a expiação e sacrifícios femininos. A protagonista será Catarina Molder, marcando a estreia em encenação de ópera do actor e encenador David Pereira Bastos, sob a direcção musical do promissor maestro Miguel Sepúlveda.
Direcção musical: Miguel Sepúlveda
Direcção cénica: David Pereira Bastos
Cenografia: Patrícia Costa
Figurinos: Neusa Trovoada
Desenho de Luz: Sérgio Moreira
Elenco
Suor Angelica: Catarina Molder
Principezza: Ana Ferro
Abadessa: Alexandra Calado
Zeladora: Leila Moreso
Mestre das Noviças: Rita Coelho
Irmã Genoveva: Célia Teixeira
Irmã enfermeira: Rita Filipe
Irmã Orsina: Sónia Alves
Irmã Dolcina: Laura Martins
Irmã Convertida: Nadiia Lys
Noviça: Ana Isabel Freitas
Artur: Ricardo Rebelo- Silva
Lúcia: Catarina Molder
Enfermeiro: André Henriques
Médico: Marios Maniatopoulos
Tarefeiro: Rita Filipe
Ensemble MPM
Estreia: 28 e 29 AGO, Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga, Operafest Lisboa 2023
Ecos da Crítica:
"A orquestra de Lima da Silva oferece uma experiência musical total, um artesanato furioso, uma hibridização bem sucedida entre o minimalismo generoso de John Adams, o vigor lúdico de Régis Campo e o motricidade ácida de Prokofiev."
"Existe qualquer coisa que provoca a imediata satisfação: ouvir o prazer de um compositor fazer chamejar, rugir, incendiar e disparar a sua orquestra, longe das racionalidades atonais e das folhas de música anémicas de uma certa música contemporânea."
"Os cantores são os outros heróis e heroínas desta noite."
"Entre Arrabal, Jarry e Kafka, Rigor Mortis tem tudo para seduzir. Esperemos que a obra tenha "chamado a atenção" de alguns produtores e diretores de teatro…"
- Pierre Brévigon, Première Loge
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