Conversa entre o Homem dos Sonhos e o seu "criador" -
o compositor António Chagas Rosa
Ópera em 7 cenas
A partir do conto homónimo de Mário de Sá-Carneiro "Eu dominei os sonhos. Sonho o que quero. Vivo o que quero."
António Chagas Rosa, Música e Libreto
Jan Wierzba, Direcção Musical
Miguel Loureiro, Encenação
André Guedes, Cenografia
João Telmo, Figurinos
Daniel Worm, Desenho de Luz
Ensemble MPMP
Catarina Molder (soprano), Homem dos Sonhos
Christian Luján (barítono), Narrador
Vasco Santos, Pedro Santos, actores
Duração Aproximada: 1h15min
M/12
Apoio à divulgação: RTP2
Produção: Ópera do Castelo
Co-produção: Teatro São Luiz, Teatro Viriato
Apoio mecenático: Caixa Cultura
O HOMEM DOS SONHOS - UMA ÓPERA DE CÂMARA
Génese
O libreto desta ópera é escrito pelo próprio compositor António Chagas Rosa a partir do conto homónimo O homem dos sonhos de Mário de Sá-Carneiro, escrito em 1913, em Paris, cidade onde o poeta residiu nos últimos anos da sua vida e onde viria a suicidar-se prematuramente em 1916, com apenas 25 anos.
Enquanto texto literário contêm alguns elementos estéticos típicos do simbolismo e do futurismo, sempre com uma grande intensidade dramática, preparando de alguma forma aquilo que será o modernismo e que terá exercido uma poderosa influência sobre Fernando Pessoa, e onde surgem tópicos como o sonho, o devaneio e a loucura.
PASSANDO OS LIMITES DA EXPERIÊNCIA HUMANA Entre o sonho e a loucura
Sinopse
Este conto revela-nos a história de um misterioso e elegante homem, supostamente russo, que Sá-Carneiro conhecera num «gorduroso» café parisiense nos seus tempos de estudante pobre. Este personagem bizarro passou toda uma noite descrevendo a sua vida secreta ao poeta português, explicando-lhe as razões da sua felicidade infinita: ele viajava em sonho a países de cores novas e indescritíveis, a cidades onde o gás que se respirava era composto por música, a países onde havia mais do que dois sexos, onde a alma era visível e o corpo justamente não... Enfim, ele transcende o aborrecimento da sua fastidiosa vida através de um contínuo transe onírico: «Pois bem! Eu consegui variar a existência – mas variá-la quotidianamente. Eu não tenho tudo só quanto existe, percebe? Eu tenho também tudo quanto não existe.»
No final do conto, o enigmático homem dos sonhos desaparece, será que ele alguma vez existiu?
Quanto há nele de real ou imaginário? De louco ou de são? Será ele "uma figura de sonho"?
UMA ÓPERA QUE REFLECTE SOBRE A CONDIÇÃO HUMANA
Temática e Conceito
Esta ópera constrói-se em 7 cenas, sempre intercaladas por interlúdios instrumentais e foi escrita para um soprano com uma poderosa expressão dramática, o "alter-ego" do poeta que encarnará o próprio homem dos sonhos, barítono - o narrador (poeta) e um ensemble instrumental de 10 músicos.
Com uma temática sempre visionária e intemporal pelo que tem de evasivo e por resumir por um lado a eterna insatisfação humana e a sua continua obsessão em transcender os seu limites. Limites de tempo, de espaço, de corpo e de género. Por outro lado, o fascínio premonitório e estruturante do próprio sonho, já que é ele afinal que modela e guia o ser humano na sua marcha existencial, enquanto sociedade global e enquanto individuo. Tudo o que somos já foi porventura sonhado e transformado em matéria visível.
"O Homem dos Sonhos sendo um conto sobre a ausência de limites do desejo humano nas suas projecções, nos seus anseios, oferece, por isso mesmo, uma série de dificuldades ou desafios a quem o tenta transpor para a materialidade da cena. A sua própria condição de objecto em metamorfose, um ser camaleónico que tudo é, foi ou poderá vir a ser, resiste à necessidade do concreto cénico, onde o teatro começa por ser um palco onde o poético se objectifica. Como misturar mel com açúcar, doces de consistência diversa? Decidi, com os intérpretes, neste teatro lírico, encenar certo Homem numa miragem de café modernista, semi-sugestionado, a meio-caminho de outra coisa, em que num certo momento ele entra e em confronto com o proprietário, que o tinha antecipado em sonhos já, e se desdobra em espelho, em heteronímia, em doppelganger, enfim...em várias projeções astrais ou reais. O Homem dos Sonhos, depois de Sá Carneiro, depois de Chaga Rosa, seria para mim esse ser fascinante que transporta em si a totalidade, e que numa tarde de calor poderia entrar num qualquer café do Chiado, preferencialmente um que já não existisse, e ficar sentado a olhar, perdido, o seu reflexo no espelho do balcão em frente"
- Miguel Loureiro
Instrumentação
Violino, Contrabaixo, Saxofone, Trombone, Trompa, Piano, Flauta, Percurssão, Fagote, Acordeão.
Estreia: 2-4 Fev 2022, Teatro Municipal de São Luiz, Lisboa
Ópera em 7 cenas
A partir do conto homónimo de Mário de Sá-Carneiro "Eu dominei os sonhos. Sonho o que quero. Vivo o que quero."
António Chagas Rosa, Música e Libreto
Jan Wierzba, Direcção Musical
Miguel Loureiro, Encenação
André Guedes, Cenografia
João Telmo, Figurinos
Daniel Worm, Desenho de Luz
Ensemble MPMP
Catarina Molder (soprano), Homem dos Sonhos
Christian Luján (barítono), Narrador
Vasco Santos, Pedro Santos, actores
Duração Aproximada: 1h15min
M/12
Apoio à divulgação: RTP2
Produção: Ópera do Castelo
Co-produção: Projecto Travessa da Ermida, São Luiz Teatro Municipal, Cine-Teatro Avenida, Teatro Viriato, Teatro Municipal da Guarda
O HOMEM DOS SONHOS - UMA ÓPERA DE CÂMARA
Génese
O libreto desta ópera é escrito pelo próprio compositor António Chagas Rosa a partir do conto homónimo O homem dos sonhos de Mário de Sá-Carneiro, escrito em 1913, em Paris, cidade onde o poeta residiu nos últimos anos da sua vida e onde viria a suicidar-se prematuramente em 1916, com apenas 25 anos.
Enquanto texto literário contêm alguns elementos estéticos típicos do simbolismo e do futurismo, sempre com uma grande intensidade dramática, preparando de alguma forma aquilo que será o modernismo e que terá exercido uma poderosa influência sobre Fernando Pessoa, e onde surgem tópicos como o sonho, o devaneio e a loucura.
PASSANDO OS LIMITES DA EXPERIÊNCIA HUMANA Entre o sonho e a loucura
Sinopse
Este conto revela-nos a história de um misterioso e elegante homem, supostamente russo, que Sá-Carneiro conhecera num «gorduroso» café parisiense nos seus tempos de estudante pobre. Este personagem bizarro passou toda uma noite descrevendo a sua vida secreta ao poeta português, explicando-lhe as razões da sua felicidade infinita: ele viajava em sonho a países de cores novas e indescritíveis, a cidades onde o gás que se respirava era composto por música, a países onde havia mais do que dois sexos, onde a alma era visível e o corpo justamente não... Enfim, ele transcende o aborrecimento da sua fastidiosa vida através de um contínuo transe onírico: «Pois bem! Eu consegui variar a existência – mas variá-la quotidianamente. Eu não tenho tudo só quanto existe, percebe? Eu tenho também tudo quanto não existe.»
No final do conto, o enigmático homem dos sonhos desaparece, será que ele alguma vez existiu?
Quanto há nele de real ou imaginário? De louco ou de são? Será ele "uma figura de sonho"?
UMA ÓPERA QUE REFLECTE SOBRE A CONDIÇÃO HUMANA
Temática e Conceito
Esta ópera constrói-se em 7 cenas, sempre intercaladas por interlúdios instrumentais e foi escrita para um soprano com uma poderosa expressão dramática, o "alter-ego" do poeta que encarnará o próprio homem dos sonhos, barítono - o narrador (poeta) e um ensemble instrumental de 10 músicos.
Com uma temática sempre visionária e intemporal pelo que tem de evasivo e por resumir por um lado a eterna insatisfação humana e a sua continua obsessão em transcender os seu limites. Limites de tempo, de espaço, de corpo e de género. Por outro lado, o fascínio premonitório e estruturante do próprio sonho, já que é ele afinal que modela e guia o ser humano na sua marcha existencial, enquanto sociedade global e enquanto individuo. Tudo o que somos já foi porventura sonhado e transformado em matéria visível.
"O Homem dos Sonhos sendo um conto sobre a ausência de limites do desejo humano nas suas projecções, nos seus anseios, oferece, por isso mesmo, uma série de dificuldades ou desafios a quem o tenta transpor para a materialidade da cena. A sua própria condição de objecto em metamorfose, um ser camaleónico que tudo é, foi ou poderá vir a ser, resiste à necessidade do concreto cénico, onde o teatro começa por ser um palco onde o poético se objectifica. Como misturar mel com açúcar, doces de consistência diversa? Decidi, com os intérpretes, neste teatro lírico, encenar certo Homem numa miragem de café modernista, semi-sugestionado, a meio-caminho de outra coisa, em que num certo momento ele entra e em confronto com o proprietário, que o tinha antecipado em sonhos já, e se desdobra em espelho, em heteronímia, em doppelganger, enfim...em várias projeções astrais ou reais. O Homem dos Sonhos, depois de Sá Carneiro, depois de Chaga Rosa, seria para mim esse ser fascinante que transporta em si a totalidade, e que numa tarde de calor poderia entrar num qualquer café do Chiado, preferencialmente um que já não existisse, e ficar sentado a olhar, perdido, o seu reflexo no espelho do balcão em frente"
- Miguel Loureiro
Instrumentação
Violino, Contrabaixo, Saxofone, Trombone, Trompa, Piano, Flauta, Percurssão, Fagote, Acordeão.
Estreia: 2-4 Fev 2022, Teatro Municipal de São Luiz, Lisboa
Conversa entre o Homem dos Sonhos e o seu "criador" -
o compositor António Chagas Rosa
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