Madama Butterfly

Giacomo Puccini

Libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa

3 Actos

Cantado em italiano Legendas em Português

Duração: 2h20, breve intervalo do primeiro para o segundo acto

Jan Wierzba, Direcção Musical
Olga Roriz, Direcção Cénica
Ana Vaz, Cenografia
Ana Vaz e Olga Roriz, Figurinos
Gi Carvalho, Desenho de Luz
Sara Carinhas, Assistente de Encenação
Pedro Jardim, Assistente de Execução de Cenografia

Elenco
Catarina Molder, Cio-cio San
Mads Wighus, B. F. Pinkerton
Ana Ferro, Suzuki
Christian Luján, Sharpless
Alberto Sousa, Goro
Ana Rita Coelho, Kate Pinkerton
Diogo Oliveira, Bozo & Yamadori
Nuno Fonseca, Comissário
Noah Freire, Filho Cio-cio San

Ensemble MPMP
Coro Nova Era Vocal Ensemble Direcção João Barros

Estreia 20 a 27 Agosto - Operafest Lisboa 2021

Toda acção de Madama Butterfly decorre na casa, no cimo da colina, com vista para o porto Nagasaki. É aí que a jovem gueixa japonesa Cio-cio San vive o seu o amor trágico pelo tenente americano da marinha mercante Benjamin Franklin Pinkerton, Desde o início da história que a tragédia é iminente, nem a fiel serva Suzuki, ou o cônsule americano Sharpless, nem mesmo o intrépido casamenteiro Goro que a precita na desgraça mas tenta mais tarde remediar a situação, demovem a fé de Cio- cio San no amor de Pinkerton. O público confidente segue a metamorfose de Butterfly - de jovem japonesa ingénua para heroína trágica, tomando nas mãos o seu destino. Uma das óperas mais comoventes de sempre pelo mestre da emoção Giacomo Puccini (1904), com uma partitura repleta de motivos japoneses e orientais e música sublime.

"Madama Butterfly de Giacomo Puccini é uma obra incontornável, uma pérola musical e dramatúrgica no mundo operático. A sua trama dramática está a par das grandes tragédias de amores impossíveis da literatura. A emocionalidade da história, dói- nos a cada nota, a cada palavra proferida por Cio-cio San e revolta-nos também. O meu fascínio por esta obra, monta aos anos 70 quando ainda "pequeno ratinho da ópera", a vi pela primeira vez. Encenar Madama Butterfly é tão fascinante quanto assustador, pelo que significa histórica e socialmente. Pelo choque de culturas que leva à prepotência, à opressão, ao racismo, à desigualdade. Por sabermos que, mais de um século passado, o ser humano continua a abusar do seu poder impunemente. Será verdade que Cio-cio San é uma jovem inocente e que Pinkerton não passa de um hedonista, que Sharpless é um diplomata bem comportado, Suzuki uma criada submissa e Goro um grande vigarista? A verdade é que esta história se continua a repetir sem protagonistas mediáticos, sem mortes espetaculares e sobretudo sem aplausos."

Olga Roriz