Cinco Formas de morrer de amor

Do Amor à Morte

Um espectáculo de Catarina Molder

 

Disponível para Digressão Nacional e Internacional

ERNEST CHASSON Chanson Perpétuelle, op. 37

ANTÓNIO CHAGAS ROSA Serei só eu (Isoldes Liebestod)

SCHOSTAKOWITCH Lady Macbeth von Mzensk (excertos e ária)

LUIS SOLDADO A virgem Louca - O Esposo Infernal (estreia absoluta)

1. A virgem louca

2. Esposo infernal

3. Condenação

4. Aberração

SCHOSTAKOWITCH Interlúdio (de Lady Macbeth von Mzensk)

CLÃ (Hélder Gonçalves/Carlos Tê) Competência para ama

 

Direcção Cénica: Lígia Roque

Desenho de Luz: Rui Simão

Figurinos: Catarina Molder

 

Elenco

Catarina Molder, soprano

Quarteto ensemble MPMP

 

60’ M12

Produção: Ópera do Castelo

Co-produção: TNSJ

Estreia: 30 de Setembro, 1 de Outubro 2016, Teatro Nacional São João

 

Para uma mulher, a defesa dos seus direitos é inevitável. Não é suficiente para construir um objecto artístico, mas serve de inspiração e mote. Quem morre mais de amor ou quem se sacrifica mais por amor na ópera, na literatura e na vida são mulheres. Elas expiam os males do mundo.

 

A morte mais bela (se é que a morte pode ser bela, todos precisamos de acreditar que sim...), a catarse perfeita é a morte por amor. A morte amorosa suscitou o repertório mais marcante do mundo da ópera desde o seu nascimento até aos nossos dias, bem como repertório de câmara notável. Na ópera morre-se a cantar, outra catarse perfeita – o canto da morte. Este espectáculo traça o percurso de uma mulher que morre continuamente de amor, até à exaustão suprema. O amor fá-la viver de novo, para morrer outra vez. Um eterno retorno. Um eterno sacrifício, onde todos os músicos participam. Quem vence no final? O amor ou a morte? – a violência do amor, a violência das relações, a violência da procura pela felicidade. A violência de se ser mulher.

 

O suicídio por amor, da Canção perpétua de Chausson, onde à maneira de Ofélia, a heroína afoga-se no rio, ou a morte de Isolda revisitada pelo compositor António Chagas Rosa. A morte por loucura amorosa com a Virgem louca de Rimbaud, num novo desafio lançado ao compositor Luis Soldado, passando pela Katierina Ismailowa da ópera Lady Macbeth de Mtsensk de Shostakovitch que mata e se mata por amor, culminando com competência para amar dos Clã - traçam este itinerário suicida e libertador.